Os oxalato é um dos muitos mecanismos naturais de defesa química comuns em alimentos vegetais. Em pequenas doses, o oxalato não é tão prejudicial.

Mas a exposição repetida a alimentos com alto teor de oxalato pode contribuir para problemas sérios, incluindo deficiências minerais, infecções fúngicas nos intestinos, cálculos renais e aumento do risco de insuficiência renal.

Conheça os riscos da exposição ao oxalato e saiba mais sobre alguns alimentos com alto teor de oxalato a serem eliminados ou evitados.

Oxalatos: o que você precisa saber

Os oxalatos são compostos orgânicos presentes nas plantas. Eles desempenham um papel fundamental na regulação do conteúdo mineral interno e ajudam na defesa contra predadores.

Mas, como acontece com outras toxinas e antinutrientes naturais das plantas, o que é bom para as plantas costuma ser ruim para os seres humanos.

É importante lembrar que os seres humanos são predadores em relação às plantas. Embora nos digam que os vegetais são nossos amigos, eles são equipados com defesas químicas sofisticadas. Em pequenas doses, esses produtos químicos não causam muito dano ao nosso organismo.

Porém, o consumo abundante de toxinas vegetais ao longo do tempo pode acarretar sérios problemas de saúde.

Dentre os problemas que podem ser causados ​​pelo consumo de alimentos ricos em oxalato estão:

  • Absorção prejudicada de nutrientes importante
  • Infecções fúngicas no intestino
  • Inflamação e estresse oxidativo
  • Função imunológica suprimida e atividade mitocondrial reduzida.
  • Formação de cálculos renais.

Como eliminar os oxalatos do corpo?

A maneira mais prática e eficaz para eliminar os oxalatos é o corte de alimentos com alto teor da substância. Depois que a fonte de oxalato é eliminada, seu corpo metaboliza naturalmente o oxalato e o excreta pelas fezes e pela urina.

A dieta carnívora é uma excelente forma de despejo de oxalatos do organismo. Este processo de desintoxicação, porém, pode vir com alguns efeitos colaterais desconfortáveis, como:

  • Dores no corpo e nas articulações
  • Dor de garganta
  • Língua ardente
  • Dor na bexiga.
  • Urina turva e micção frequente para o corpo expelir oxalatos.
  • Movimentos intestinais dolorosos
  • Erupções cutâneas
  • Alterações no humor
  • Fadiga
  • Tontura
  • Dor ao urinar
  • Confusão mental
  • Pânico
  • Depressão

Esses sintomas são notavelmente semelhantes ao processo de desintoxicação conhecido como reação de Jarisch-Herxheimer, que ocorre quando a levedura candida morre nos intestinos. Essas semelhanças sugerem uma ligação entre a resolução de infecções fúngicas associadas a cristais de oxalato.

Alimentos com alta concentração de oxalatos

São considerados ricos em oxalato os alimentos que apresentam uma quantidade superior a 50 mg a cada 100 g de porção. Entre eles estão:

Acelga

A acelga apresenta alta concentração de oxalatos. Em 100g de acelga branca cozida no vapor é possível encontrar cerca de 500 mg de oxalato. A situação piora no caso da acelga vermelha cozida da mesma forma, onde é possível encontrar mais de 900 mg de oxalatos em apenas 100g do vegetal.

Espinafre

Espinafre e muitos outros vegetais folhosos são ricos em oxalato. Embora sejam frequentemente anunciados por seu suposto conteúdo mineral, os oxalatos prejudicam a ligação a esses minerais, tornando-os inúteis. Este vegetal apresenta uma concentração de mais de 750 mg de oxalato em uma quantidade 100g do alimento.

Cacau (cacau em pó)

Embora o cacau seja delicioso e rico em magnésio, não é uma boa escolha para pessoas que tentam reduzir a ingestão de oxalato. A concentração da toxina oscila passa dos 350 mg e pode chegar perto de 600 mg em uma porção de 100g do alimento.

Soja e derivados

Produtos derivados da soja podem apresentar concentrações entre 230 mg a 350 mg a cada 100g de alimento. Ou seja, existem opções muito mais saudáveis para obtenção de proteína.

Com mais de 320 mg por porção, produtos alimentícios como leite de soja e iogurte contribuem ainda mais para a alta concentração de oxalatos no seu organismo. E esta é apenas uma das numerosas toxinas vegetais contidas nos produtos de soja.

A soja apresenta altas concentrações de fitohormônios que podem interromper os níveis hormonais no corpo humano, distorcendo o equilíbrio entre andrógeno masculino e estrogênio feminino e levando a interrupções na formação de óvulos e na produção de esperma.

Amendoim

Como leguminosa, além de apresentar uma concentração de 187 mg de oxalato a cada 100g de porção, o amendoim contém outra toxina vegetal chamada lectina. Essas proteínas pegajosas podem se unir ao oxalato para danificar o revestimento do intestino, levando à permeabilidade intestinal.

Quando a barreira intestinal está comprometida, a lectina pode entrar na corrente sanguínea, onde se ligam a bactérias e vírus, tornando mais fácil para eles atingirem seus alvos em seu corpo.

Amêndoas

Em um punhado de amêndoas (cerca de 35g), é posível encontrar uma concentração superior a 120 mg de oxalato.

Estudos recentes também sugerem que leites alternativos à base de plantas, incluindo o leite de amêndoas, são fontes subestimadas de oxalato que podem levar a cálculos renais.

Batatas

Apresentam uma concentração de oxalatos acima de 90mg a cada 100g do alimento. Porém, como grande parte do oxalato está na casca, o consumo ocasional das batatas descascadas não aumentará muito sua carga de oxalato.

Resumindo…

Os oxalatos são toxinas presentes em muitos alimentos vegetais populares. O alto consumo de oxalatos tem sido associado a vários problemas de saúde, incluindo problemas renais, infecções fúngicas intestinais e inflamação.

A boa notícia é que, ao reduzir os alimentos com alto teor de oxalato, seu corpo irá metabolizar e expelir o oxalato naturalmente.