A proteína é popular entre atletas e indivíduos preocupados com a saúde dos músculos e ganho de massa magra. Mas a dieta rica na substância não é importante apenas em um estilo de vida fitness. Isso porque o nutriente é considerado nobre, participando de diversas funções vitais.
A proteína participa da formação das células de defesa, das reações enzimáticas, da transmissão de impulsos nervosos, da diferenciação celular e do crescimento e reparo dos tecidos.
Chamamos de carboidratos os macronutrientes que encontramos especialmente em alimentos de origem vegetal. A importância dos carboidratos é muito grande, eles têm como principal função o fornecimento de energia para que nós possamos respirar, pensar, caminhar, correr, digerir, entre outras funções importantes que o organismo exerce.
Os carboidratos nada mais são do que uma fonte de energia para o nosso corpo. E eles podem ser divididos em dois tipos: os primeiros são carboidratos simples, caracterizados por serem digeridos rapidamente pelo nosso organismo. Ótimos exemplos deste tipo são: açúcar, doces e sorvetes, mel, refrigerantes, entre outros. Já os carboidratos complexos são aqueles caracterizados por terem uma digestão mais demorada. Falamos, então, dos alimentos integrais, das sementes, dos tubérculos, como mandioca, batata doce, inhame e aveia.
As gorduras estão presentes em diversos alimentos, de origem animal ou vegetal, as moléculas de gordura, também chamadas lipídios, fornecem energia ao corpo humano, além de contribuírem para a absorção de algumas vitaminas, entre outras funções orgânicas.
Proteínas um nutriente completo
A proteína é um componente importante de todas as células do corpo. Cabelos e unhas, por exemplo, são feitos principalmente delas. O seu corpo também as utiliza para construir e reparar tecidos, produzir enzimas, hormônios e outras substâncias químicas. Ela ainda é um componente de ossos, músculos, cartilagens, pele e sangue.
Diferente das gorduras e carboidratos, o corpo não armazena proteínas. Por isso, o organismo não tem um reservatório para recorrer quando precisa de um novo suprimento. Assim, a obtenção pela dieta em quantidades recomendadas é fundamental.
Além das inúmeras funções no organismo, a proteína tem, de fato, um papel importante na adoção de uma vida saudável.
- Acelera a recuperação após a pratica de exercícios físicos ou lesões;
- Reduz a perda muscular;
- Construção de massa magra;
- Ajuda a manter o peso saudável;
- Regula a saciedade;
Uma dieta com baixa ingestão de proteína pode causar cansaço, baixa energia no corpo, perda de memória, queda de cabelo, falta de concentração, perda de massa muscular, cicatrização lenta, desregulação dos níveis de açúcar no sangue e até queda na imunidade.
O consumo em maior quantidade de proteínas provoca, desta maneira, uma diminuição de alimentos com muitos carboidratos, contribuindo para o emagrecimento a curto prazo. Já que os carboidratos são reduzidos na dieta, o organismo usa reservas de gordura para gerar energia e, consequentemente, acontece a perda de peso.
Carboidrato a fonte de energia
Carboidratos são fontes de energia e, como citado, são encontrados principalmente nos alimentos de origem vegetal. Entre seus principais benefícios estão:
- Aumento do bom humor diante da liberação de serotonina;
- Estímulo a memória, por constituir uma fonte de energia para o nosso cérebro;
- Melhora do trânsito intestinal, quando possuem um alto teor de fibras;
Existem também os benefícios que estão atrelados às chamadas dietas low carb. Neste tipo de dieta, o consumo de carboidratos é reduzido, gerando resultados significativos para perda de peso, controle glicêmico, melhora na síndrome do ovário policístico e diminuição da inflamação. Esses benefícios são ocasionados pela baixa ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico e pelo consumo maior de carboidratos complexos que trazem consigo substâncias bioativas que promovem a saúde.
Isso explica, então, porque os carboidratos podem ser prejudiciais quando ingeridos em excesso. Quando eles são armazenados em forma de gordura em nosso corpo, podem levar ao sobrepeso e à obesidade, que são fatores de riscos para diversos tipos de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, síndrome metabólica, aterosclerose e até mesmo câncer.
Os carboidratos podem ser classificados em simples e complexos. Os carboidratos simples são facilmente absorvidos pelo nosso corpo, enquanto os complexos apresentam um processo de absorção mais demorado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos simples são formados por açúcares simples ou por um par deles, enquanto os complexos são formados por cadeias mais complexas de açúcares.
Exemplos de carboidratos:
Glicose: É um carboidrato simples e também o monossacarídeo mais comum. A glicose é fundamental para a realização do processo de respiração celular, em que a energia será produzida para a célula. Os principais polissacarídeos são formados pela polimerização da glicose.
Amido: É a principal substância de reserva de energia dos vegetais. Ele é formado por dois tipos de polímeros de glicose, a amilopectina e a amilose. Os grãos de amido das plantas ficam armazenados no interior dos plastos, organelas típicas da célula vegetal.
Glicogênio: É a principal reserva energética dos animais e é formado pela união de várias moléculas de glicose. Esse glicogênio é encontrado armazenado no nosso fígado e também nos nossos músculos. Quando necessitamos de energia, o glicogênio é quebrado em glicose, que será utilizada pelas células.
Celulose: É encontrada na parede celular da célula vegetal e é formada por unidades de glicose. É um carboidrato fibroso, resistente e insolúvel em água. Um fato interessante é que a madeira é formada quase que 50% de celulose, enquanto as fibras de algodão são praticamente 100% celulose.
Quitina: É um polissacarídeo encontrado na parede celular das células de alguns fungos e também na composição do exoesqueleto de artrópodes, como insetos e crustáceos.
Uma excelente dica com relação ao carboidrato é que o seu consumo seja realizado em conjunto com a proteína, prática que auxilia na digestão e mantem à saciedade por mais tempo.
Lipídeos e sua importância nas funções do organismo
Os lipídios, como já mencionado, são moléculas de gordura que, no organismo dos seres vivos, desempenham uma série de funções biológicas, principalmente o armazenamento de energia.
Uma de suas características é que são facilmente armazenados pelo organismo, mas são difíceis de serem consumidos. Isso explica por que os alimentos ricos em lipídios normalmente são os que mais contribuem para aquelas gordurinhas indesejáveis. De fato, quando ingeridos em excesso, eles ficam armazenados no tecido adiposo. O organismo, normalmente, só passa a consumir essas moléculas quando ocorre privação de outras fontes de energia.
Os lipídios mais conhecidos são os ácidos graxos,dos quais derivam os óleos e as gorduras. Eles podem ser saturados ou insaturados, e suas cadeias variam de 4 a 36 carbonos, com possíveis ramificações. Algumas gorduras são boas (insaturadas) e outras prejudiciais para o organismo (saturadas), e sua ingestão deve ser moderada.
Apesar de associados ao excesso de peso, os lipídios são fundamentais ao organismo, pois o corpo não produz os ácidos graxos, que são essenciais para algumas funções biológicas, como fornecimento de energia e participação na formação de membranas celulares, entre outras.
Os lipídios desempenham algumas funções biológicas essenciais, de acordo com seu tipo:
- Armazenamento de energia, uma vez que cada grama de lipídios contém 9 quilocalorias de energia;
- Isolamento térmico, essencial para a manutenção da temperatura corporal, sendo essencial para suportar baixas temperaturas. Nos mamíferos, a gordura subcutânea é formada por lipídios;
- Disponibilização de ácidos graxos, necessários para a síntese de moléculas orgânicas e formação das membranas celulares;
- Auxílio na absorção de vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, se dissolvem na gordura;
- Produção de hormônios e sais biliares;
- Proteção e suporte para órgãos internos de aves e mamíferos;
Quando ingeridos, os lipídios passam pelo processo de emulsificação, sendo digeridos por enzimas no trato gastrointestinal e depois absorvidos pelas células da mucosa intestinal.
A emulsificação é necessária para que os lipídios sejam absorvidos. Esse processo ocorre no duodeno, primeira parte do intestino delgado, com a ação detergente da bile, que é constituída por sais biliares. Nesse processo de emulsificação, os lipídios são transformados em partículas menores.
Essas pequenas partículas ativam as lipases pancreáticas, enzimas responsáveis pela digestão de lipídios. As lipases quebram os lipídios em ácidos graxos livres e monoglicerídeos. Dentro das células intestinais, os ácidos graxos se juntam à proteína intestinal, que aumenta a sua solubilidade. Assim, eles são convertidos em moléculas ainda menores, como triacilglicerol, e organizados em partículas chamadas quilomicrons.
Essas partículas menores são liberadas nos vasos linfáticos, por onde serão transportadas até alcançarem outros tecidos. O transporte de substâncias pelas células é conhecido como osmose. Nesse processo, os lipídios podem ficar armazenados nos adipócitos ou serem degradados, transformando-se em ácidos graxos livres e glicerol. A oxidação dos ácidos graxos é o processo que produz energia.
O metabolismo dos lipídeos vem de duas fontes:
- Alimentos ingeridos;
- Reservas do tecido adiposo, processo que acontece quando há privação de outras fontes de energia no organismo. Isso ocorre, por exemplo, durante uma dieta de restrição alimentar.